*14 de NOVEMBRO - DIA MUNDIAL DO DIABETES
Diabéticos no Mundo: 245.854.199 (os números estão mudando a cada 5 segundos, depois haverá uma comparação da data de publicação até o dia 14/11/2007)
Estimativa de pessoas com diabetes- Taxa:1 novo caso a cada 5 segundos
Fonte: IDF Diabetes Atlas 2003 - site da SBD
*CONCEITO
O diabetes mellitus (DM) é uma síndrome decorrente da falta total ou parcial de insulina ou da incapacidade de insulina de exercer adequadamente seus efeitos metabólicos. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia e freqüentemente por complicações crônicas vasculares e neurológicas.
*CLASSIFICAÇÃO
Diabetes (tipo 1)
O termo tipo 1 refere-se a um processo patológico em particular, caracterizado pela destruição imunológica das células beta de indivíduos geneticamente suscetíveis.
Também conhecido por diabetes juvenil (mais comum em crianças e adolescentes). O início do quadro pode ser agressivo com tendência à perda de peso (cetoacídose) e até mesmo a absoluta dependência de aplicações de insulina.
Correspondente este tipo a cerca de 5% do total de casos de diabetes.
Diabetes (tipo 2)
Refere-se a uma condição em que os indivíduos não dependem de aplicações de insulina para a sua sobrevivência.
A maioria dos pacientes podem ser tratados somente com dieta e antidiabéticos orais, entretanto, em condições de estresse e com o decorrer dos anos pode se tornar necessária a administração de insulina para se obter um bom controle metabólico.
Este tipo de diabetes, mais conhecido como tipo 2, corresponde a 90% dos casos.
Diabetes gestacional
É definido como uma intolerância a glicose, diagnosticado pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto.
*COMPLICAÇÕES AGUDAS
DM tipo 1 – a cetiacidose diabética é a mais grave complicação aguda no diabético tipo 1. Os fatores desencadeantes são hiperglicemia, infecções, paradas de aplicações de insulina e uso de medicamentos que podem aumentar a glicemia, como corticóides. Neste tipo de complicação geralmente o paciente tem idade inferior a 30 anos, são magros e necessitam aplicar insulina.
Os sintomas mais comuns da cetoacidose diabética são sede intensa, poliúria (urina em excesso), vômito, desidratação, aumento, aumento da freqüência respiratória a alterações do estado da consciência, podendo o paciente chegar ao estado de coma.
DM tipo 2 – coma hiperosmolar é a complicação aguda mais comum entre este tipo de diabéticos. É desencadeado por hiperglicemias, infecções, uso de medicamentos que aumentam a glicemia como corticóides e acidente vascular cerebral (derrame).
Geralmente ocorre entre diabéticos com mais de 60 anos, obesos, que fazem uso de medicamentos via oral e dieta alimentar. Em muitos casos o diabetes é ignorado pelo paciente até o surgimento do coma hiperosmolar.
Os sintomas são sede intensa, poliúria (urina em excesso) e por conseqüência desidratação e alterações do estado da consciência, podendo chegar ao estado de coma.
A grande maioria das cetoacidoses e coma hiperosmolar podem ser prevenidos com a simples educação do diabético em relação aos conceitos básicos do tratamento com ênfase no aspecto alimentar, á insulinoterapia ou uso de medicamentos por via oral.
*COMPLICAÇÕES CRÔNICAS - SÍNDROME METABÓLICA OU PLURIMETABÓLICA
A neuropatia diabética é a complicação mais freqüente dos diabetes, podendo atingir a grande maioria (80 a 100%) dos pacientes a longo prazo. O termo neuropatia é utilizado para descrever um distúrbio neurológico demonstrável clinicamente ou métodos diagnósticos.
- Atingir e manter a glicemia: normalizar o uso e produção de glicose, melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir hiperinsulinemia em diabéticos tipo 2.
- Atingir e manter lípidios séricos normais: triglicérideos, colesterol, corpos cetônicos.
- Reduzir sintomas de descompensação
- Reduzir peso nos obesos e manter peso ideal.
- Prevenir complicações agudas.
- Prevenir hipoglicemia.
- Garantir crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes.
- Retardar o desenvolvimento da arteriosclerose
- Manter estado nutricional satisfatório.
- Prevenir e tratar complicações crônicas, como nefropatia, neuropatia autonômica e as complicações do trato gastrointestinal. (Síndrome Metobólica ou Plurimetabólica)
- Tratar problemas concomitantes, como hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.
- Elaborar dietas nutricionalmente adequadas, visando à qualidade de vida do paciente.
- Aumento o consumo de carboidratos complexos e alimentos de baixo índice glicêmico.
- Individualizar o apoio nutricional, de acordo com idade, sexo, estado fisiológico, situação metabólica, atividade física, doenças intercorrentes, hábitos culturais, situação sócio-econômica, disponibilidade de alimentos.
- Proibir o uso de fumo.
- Evitar consumo de bebida alcoólica.
*OUTROS CUIDADOS
- Nunca reutilize seringas de insulina, pois a agulha pode estar contaminada. O paciente diabético tem maior sensibilidade a infecção e cicatrização na pele.
- Evite passar muito tempo sem ingestão de alimentos para não ocorrer picos de hipoglicemia e hiperglicemia, que acabam gerando uma descompensação no organismo.
- Vá periodicamente ao médico endocrinologista.
- Faça exames perídicos para manter o bom controle do diabetes.
- Siga a orientação do farmacêutico para realizar as aplicações díarias de insulina, em caso de dúvida solicite mais informações e ligue no SAC dos fabricantes de insulina e seringas. Se necessário solicite treinamento com profissional especializado: médicos, enfermeiros, farmacêuticos.
- Não acredite em tratamentos caseiros, diabetes é uma doença crônica que pode levar a morte se não for tratado adequadamente.
- Atenção Farmacêutica é dever exclusivo do profissional Farmacêutico e direito de todo cidadão brasileiro conforme legislação vigente do Código de Ética Farmacêutica.
LINKS DE INTERESSE
SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes
ANAD - Associação Nacional de Assistência ao Diabético
BD - Becton Dickinson do Brasil
ADIABC - Associação de Diabéticos do ABC
SBEM - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia